segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O voto que muda

Chegou ao fim um ciclo eleitoral e coube às autárquicas fechar o mesmo. Se as autárquicas são eleições mais próximas das respectivas populações, não é menos verdade que, as eleições são tradicionalmente mais conturbadas, assim sendo, este ano as eleições de 11 de Outubro não fugiram à regra. Depois do PR apelar ao voto, após tantos dias de campanha ou coisa que se assemelhe a tal, chegamos ao dia "D" e há quem mate e quem seja morto pelo poder, indiferentemente da dimensão do mesmo. Ao contrário das eleições de 2005, em Silvalde, mais precisamente nas mesas de voto da escola Marinha 1, os incidentes "resolveram aparecer" chegando a ser necessário a intervenção da policia por duas vezes, ao que parece devido a determinadas pressões sobre os eleitores e sobre as mesas de voto por parte dos laranjas. Fecharam as urnas à hora prevista e passamos ao modo de espera... É então que se houve os gritos e os tambores a anunciar a vitória do candidato do PSD, quase parecia que o Benfica tinha sido campeão. Contudo, os resultados oficiais demoraram bastante a aparecer, o concelho de Espinho foi inclusive, um dos últimos a apurar os resultados finais. Veio-se a saber que, foram precisas três contagens dos votos na freguesia de Silvade, visto que, o resultado mais parecia coisa de ET's ou pelo menos quase impossível de acontecer, apesar disso, os festejos não pararam como que já sabendo que a vitória era já uma certeza, parecendo uma teoria da conspiração, o que não é o caso, pelo menos dá que pensar. O PSD ganhava por apenas um voto (35.19% - 1556; 35.17% -1555). Consequência deste resultado - bastante singular, os desacatos entre as diferentes listas chegaram mesmo a vias de facto. Será a tão aclamada democracia portuguesa de primeiro mundo? Os recentes acontecimentos, genericamente falando, não têm sido assim tão óbvios, mas à falta de melhor o conformismo nacional impera. Com efeito, o lema da campanha do candidato laranja à junta - "O voto que muda", fez jus ao resultado, um voto que mudou os próximos quatro anos da freguesia. Não acreditando no acaso e olhando para os números conclui-se que mesmo com mais um votante a votar no PS, iria sempre faltar um voto.

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