domingo, 6 de março de 2011

Muita parra e pouca uva

Passados vários meses sem aqui escrever e tantos meses de análise às politicas locais, a conclusão mais evidente é que somos pobres mas felizes [ a la portuguesa]. Verificamos ao longo do ano passado um conjunto de eventos culturais sem precedentes, pelo menos num passado recente, claro que é bom ter uma cidade "viva", mas será que teve o efeito bola de neve desejado? Penso que não... Mas como se costuma dizer, ou oito ou oitenta! Infelizmente, na hora de prestação de contas do executivo ( o tão aclamado accountability ), o mais comum dos espinhenses manifesta-se com um hipnotismo que nos tem levado à ruína enquanto nação, não só por culpa própria, mas consequência desse mesmo efeito hipnotizador das politicas de palco. Nem tudo é mau, algumas coisas têm sido feitas, porém, muitas delas só o foram porque foi denunciada a falta das mesmas, ou seja, isto só evidencia uma postura passiva do executivo. Contudo, o que importa se o nosso concelho é um dos que tem a taxa de desemprego mais elevada do país, mais de 22%? É um indicador por si só assustador, mas valha a verdade, Espinho nunca foi um concelho muito empregador, mas tem ganhado proporções assustadoras! Há muita coisa por explicar, o FACE, as obras inacabadas do enterramento da linha de comboio, entre outras. Mais à frente opinarei sobre tais artimanhas ou simplesmente falta de competência de governação.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Quatro meses de Gastao...

Já lá vão quatro meses de Governação PSD na Junta de Freguesia de Silvalde e o que foi feito até agora? E o que pode ou não fazer a JF?
Respondendo à primeira questão, o que é de conhecimento público ainda foi feito muito pouco. Baldes e Vassouras no cemitério à disposição da população - necessário sem dúvida mas não é uma necessidade imediata. Foi posto um Jipe ao dispor da comunidade - diziam eles, assim como está explicito na própria viatura, realmente o Jipe anda aí, contudo, está sim ao dispor de um individuo denominado "O Barqueiro" que anda com o dito de cima para baixo e de baixo para cima. Por alturas das festividades Natalícias colocaram luzes alusivas às festividades, fizeram no entanto questão de dizer que foi obra da JF. Que mais de relevante foi feito? Nada.
Em relação à segunda questão, poderemos dizer que segundo disposição das competências autárquicas a JF está submissa à C. Municipal, no entanto, como poderemos observar aqui, a JF poderá, e a meu ver deverá interceder junto da CM para colmatar as necessidades da freguesia. Eu posso dar um exemplo entre muitos. Ainda antes das eleições do ano passado foram requalificadas várias estradas da freguesia, nomeadamente, a da Rua do Golfe. Em dias de chuva o escoamento é ZERO; conclusão: fica a estrada toda alagada. Como se pode observar no art. 34º, ponto 3, alínea a) Participar, nos termos a acordar com a câmara municipal, no processo de elaboração dos planos municipais de ordenamento do território;
Lembrando ainda os dicursos do actual presidente da CM. Espinho, além do estreitamento das relações entre a CM e as JF's, iria ser dada também mais autonomia às mesmas, dentro das suas competências.
Sendo ainda um pouco prematuro discutir estes assuntos, preocupa-me o facto de a JF não dar sinais de comunicação comas as populações, sendo de extrema importância referir que, o site da internet da JF depois de ser reformulado está até hoje não funcional. Nos dias de hoje, este meio de comunicação é um instrumento importante no contacto com a população e sinal de modernidade. Dando tempo ao tempo, a ver vamos o que se seguirá, receando-se contudo, um laxismo desnecessário e contra-corrente.

sábado, 14 de novembro de 2009

Nova era

Depois do "tufão" que abalou Espinho - queda da era Mota e polémica eleitoral, parece que a poeira está a assentar. Os presidentes eleitos, das Juntas de Freguesia e da Câmara, já tomaram posse e ao analisar o discurso de tomada de posse do Presidente da Câmara, reparei em alguns pontos que penso ser importante comentar (discurso). É com agrado que olho para os eixos programáticos do executivo camarário, contudo, é importante dizer a todos que NÓS, espinhenses, não nos vamos esquecer dos mesmos num futuro próximo. A importância dada aos mais desfavorecidos, pelo menos no papel, é fundamental, ainda por cima com os níveis de desemprego actuais. Olho com alguma preocupação para os bairro sociais já que, a ideia de isolamento dos mesmos em relação ao resto do município é prejudicial, na medida em que, o isolamento como acontece em outros bairro do pais arrastam consigo o tráfico e a criminalidade. A integração é fundamental para os bairristas contribuírem para o bem da cidade. A ver vamos o programa Bairro com Pinta. Algo que me chamou a atenção, além da poesia do sr. Presidente e, apesar de, não estar sublinhado, é a criação de mais uma empresa municipal. Olho com alguma apreensão para isto, visto que normalmente os gastos em empresas municipais e má gestão das mesmas apenas trazem (-) e mais (-), entenda-se, prejuízos para o município. Porém, é fundamental apoiarmos a equipa e dar o beneficio da dúvida, como já dito anteriormente, não basta ir votar e aplaudir, vamos arregaçar as mangas e trabalhar em conjunto com olho no futuro e para o bem da cidade.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Fim da polémica

E a polémica finalmente parece que chegou ao fim. Se alguns pensavam que iria ser uma vitória fácil estavam enganados. Mesmo assim, os festejos de vitória fizeram-se por duas vezes, a primeira no dia do acto eleitoral e a segunda na terça-feira seguinte, parecia até que o TC já se tinha pronunciado sobre a questão. Será que à terceira é de vez? Ainda antes da decisão do TC, o futuro ex-presidente da C.M. Espinho mostra fotografias de votos. Ao que chegou a politica portuguesa.


Entretanto, já se ouviram foguetes novamente, felizmente o dia está chuvoso. Mas o que há aqui para festejar? Um acto eleitoral vergonhoso ou a compra de votos são motivos para festejar, pelo menos alguns dos protagonistas pensam que sim. Agora que se fala tanto na ponderação, afirmação oriunda do professor Rebelo de Sousa, penso que todos, inclusive a sociedade civil espinhense deveriam ponderar muito bem e de certeza que, mesmo através de blogues como este, NÓS VAMOS ESTAR ATENTOS.

sábado, 17 de outubro de 2009

A tempestade depois da tempestade

Já la vai uma semana depois do dia "D" e ainda muita água corre por entre as ruas deste bairro à beira mar. Além dos problemas da contagem de votos que ainda faz correr muita tinta, nomeadamente na justiça, junta-se também a revolta popular que se faz demonstrar de quando em vez, aqui e ali. Esta "revolta" deve-se muito ao facto de muitos apoiantes do talvez novo presidente da Junta de Silvalde terem sido hà uns tempos atrás apoiantes incondicionais dos candidatos Socialistas. O que fará com que os populares mudem de opinião assim tão repentinamente? Muito se tem dito sobre o mesmo e todos chegam a uma conclusão muito facilmente, a escolha do candidato foi e é movida por interesses pessoais que estão muito acima dos interesses da comunidade. Ao longo do tempo temos assistido a nível nacional às famosas trocas e baldrocas entre cores partidárias de pessoas que estabelecem como prioridade o interesse pessoal, mesmo que, assim como a cor do partido também mudem os valores. Apesar de tudo isto, quando acontece dentro da comunidade surge ainda um sentimento de traição pelas crenças e valores de cada um. Exemplo disso é um sr. de nome Teixeira que até há algum tempo fazia parte da equipa do actual presidente da Junta,  aparecendo ainda o seu rosto estampado no sitio da Junta e que é actualmente apoiante público do sr. MG. Existem ainda pessoas que recentemente escreviam papeis a insultar o sr. MG com a famosa frase "M#### G###ão tu és um ladrão" que andou na justiça com os pseudo-autores do famoso papel,  a serem acusados pelas pseudo-testemunhas. Indivíduos que o ameaçaram e o insultaram directamente, hoje estão a apoiar e levar este sr. em ombros. Exemplos que só vêm corroborar a teoria dos interesses pessoais, já que resumem o sr. MG a um simples veiculo de transporte para obter algo mais. É a politica do tacho a funcionar. Algo está mal neste quadro pintado de verdades inconvenientes e tão desajustadas aos desafios que todos enfrentamos.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

O voto que muda

Chegou ao fim um ciclo eleitoral e coube às autárquicas fechar o mesmo. Se as autárquicas são eleições mais próximas das respectivas populações, não é menos verdade que, as eleições são tradicionalmente mais conturbadas, assim sendo, este ano as eleições de 11 de Outubro não fugiram à regra. Depois do PR apelar ao voto, após tantos dias de campanha ou coisa que se assemelhe a tal, chegamos ao dia "D" e há quem mate e quem seja morto pelo poder, indiferentemente da dimensão do mesmo. Ao contrário das eleições de 2005, em Silvalde, mais precisamente nas mesas de voto da escola Marinha 1, os incidentes "resolveram aparecer" chegando a ser necessário a intervenção da policia por duas vezes, ao que parece devido a determinadas pressões sobre os eleitores e sobre as mesas de voto por parte dos laranjas. Fecharam as urnas à hora prevista e passamos ao modo de espera... É então que se houve os gritos e os tambores a anunciar a vitória do candidato do PSD, quase parecia que o Benfica tinha sido campeão. Contudo, os resultados oficiais demoraram bastante a aparecer, o concelho de Espinho foi inclusive, um dos últimos a apurar os resultados finais. Veio-se a saber que, foram precisas três contagens dos votos na freguesia de Silvade, visto que, o resultado mais parecia coisa de ET's ou pelo menos quase impossível de acontecer, apesar disso, os festejos não pararam como que já sabendo que a vitória era já uma certeza, parecendo uma teoria da conspiração, o que não é o caso, pelo menos dá que pensar. O PSD ganhava por apenas um voto (35.19% - 1556; 35.17% -1555). Consequência deste resultado - bastante singular, os desacatos entre as diferentes listas chegaram mesmo a vias de facto. Será a tão aclamada democracia portuguesa de primeiro mundo? Os recentes acontecimentos, genericamente falando, não têm sido assim tão óbvios, mas à falta de melhor o conformismo nacional impera. Com efeito, o lema da campanha do candidato laranja à junta - "O voto que muda", fez jus ao resultado, um voto que mudou os próximos quatro anos da freguesia. Não acreditando no acaso e olhando para os números conclui-se que mesmo com mais um votante a votar no PS, iria sempre faltar um voto.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Quanto valem os Votos?

Último dia da campanha autárquica e hoje acontece o terceiro concerto musical aqui no Bairro Piscatório. Infelizmente a politica portuguesa caiu num estado lamentável, apenas comparável ao estado do país, ou seja, a bater no fundo. E para aqueles que dizem ou pensam que não é verdade, apenas se estão a enganar a eles próprios ou a querer enganar os que ainda querem acreditar. Mas quem serão os culpados? Todos. Se por um lado os sucessivos Governos da República têm estado a contribuir, sem excepção, para a decadência deste cantinho à beira mar, não poderemos também ilibar a sociedade que compactua com tudo isto, não participando e desafeiçoando-se, consequência das constantes "asneiradas" dos nossos políticos, formando-se quase que um efeito bola de neve. Mas como é que distinguimos os candidatos e as suas politicas? É pela melhor banda? É por quem assa maior número de porcos? Isto apenas revela o que já muitos sabem e por tão bem saberem cada vez mais fazem politica de quintal, porque quando a maioria (99,9 %) dos nossos ricos candidatos começarem a discutirem politica a sério, distinguindo as propostas para assim desvendarem um caminho para governação, certamente se espalharam ao cumprido. Ao ver um vídeo do candidato à Junta de Silvalde pelo PSD na Internet (vídeo), meti as mão à cabeça como sinal de desgraça tal era a sua oratória. Porém, o conteúdo do comunicado, bem ao estilo do nosso PM, parece um monologo dramático em que o candidato utiliza a estratégia de vitimização e da perseguição, só faltavam mesmo as lágrimas de crocodilo para o circo estar montado. Um senhor que anda a comprar votos, pressionando de porta em porta os eleitores Silvaldenses, além de afirmar que o voto na candidatura independente L.I.S. é um voto para o lixo, é um sr. que já caiu no descrédito e não merece qualquer tipo de confiança nem sequer respeito. Mas é assim que se faz politica aqui no burgo e é a politica "do tacho" que impera... e se houvesse a bolsa dos candidatos, os votos oscilavam de um dia para o outro, dependendo da banda ou da quantidade de porcos no espeto. É o preço do nosso voto em Portugal.